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Foto do escritorDonavan Hornsby

REAÇÃO RÁPIDA: A PROPOSTA DA SEC DOS EUA, PARA REGRAS OBRIGATÓRIAS DE DIVULGAÇÃO DE RISCOS CLIMÁTICO

Atualizado: 30 de ago. de 2022



A proposta da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para as regras obrigatórias de divulgação de riscos climáticos corporativos, anunciada na semana do dia 23 de março, deve criar uma mudança tectônica no ecossistema de informações Ambientais, Sociais e de Governança (ESG). Durante anos, empresas, investidores e formuladores de políticas públicas, criticaram a falta, e muitas vezes a inexistência, de padrões que regem as medições de ESG e seu desempenho.

A falta de regras tem sido terrível para as empresas, para os investidores e para o planeta. Se bem implementadas, as novas regras da SEC devem ser um grande passo na direção certa.

Os danos causados pelo atual sistema de retalhos não são abstratos. Produziu discórdia, desordem, confusão e, consequentemente, a má alocação de capital. Sem um padrão para a divulgação das regras obrigatórias de ESG, o escopo, a profundidade, a oportunidade e o formato dos dados de desempenho ESG autorrelatados, serão deixados, principalmente, a critério dos gerentes dessas empresas. Essa variabilidade, por sua vez, significa que os dados autodeclarados de ESG de uma empresa, não podem ser comparados, na íntegra, com os de qualquer outra empresa, obrigando os investidores ESG bem-intencionados, a “voar às cegas” ao comprometer seu capital.

As regras de divulgação do clima corporativo, propostas pela SEC, não aumentariam somente a disponibilidade de dados de desempenho ESG, autorrelatados, das empresas, mas trariam transparência, credibilidade e, o mais importante, comparabilidade aos seus relatórios.

Essas regras ajudariam a aumentar a oferta de uma “nota de investimento” dos dados de desempenho ASG das empresas; esta é uma commodity que 97% dos investidores dizem ser importante que as empresas coletem e usem, e 85% dos investidores dizem ser “mais importante” do que os outros dados empresarias, ao informar suas decisões de investimento, especialmente dados que descrevem os riscos e impactos ambientais das empresas, de acordo com a Pesquisa Benchmark ESG 2021: Atitudes dos investidores sobre dados ESG da empresa (2021 Benchmark ESG Survey: Investor Attitudes on Company ESG Data). Se adotadas pela SEC, essas regras teriam sucesso minimizando o nível de discrição que os gerentes de empresas de capital aberto, registradas na SEC, exercem ao divulgar informações descrevendo sua exposição a riscos de sustentabilidade financeiramente relevantes, seus planos para gerenciar esses riscos e, finalmente, os resultados de seus esforços subsequentes de gerenciamento de risco.

Como previsto, as regras propostas dizem respeito, principalmente, à divulgação das emissões operacionais de gases de efeito estufa (GEE) e seu gerenciamento. Embora a introdução de uma governança mais robusta das divulgações do ESG das empresas, seja apoiada por investidores e corporações não financeiras, bem como pelo público em geral, as regras não são isentas de controvérsia. Os opositores da regulamentação proposta pela SEC, lamentam as possíveis exigências de divulgação das emissões, das empresas, de GEE, produzidas em todas as suas cadeias de valores, ou as emissões que não são diretamente delas, ou não as controlam.

As chamadas ‘emissões de Escopo 3’ são, indiscutivelmente, mais importantes do que as emissões de Escopo 1 ou Escopo 2 das empresas, muitas vezes compreendendo a maior parte do perfil agregado de emissões corporativas de uma empresa. No entanto, a controvérsia decorre do desafio de quantificar essas emissões a montante e a jusante, além de gerenciá-las e fornecer as evidências seguras e substanciais.

Mas não precisa ser assim. Examinando detalhadamente as regras propostas pela SEC, fica claro que o cumprimento das obrigações de conformidade exigirá que os líderes empresariais concluam dois processos fundamentais de gestão de desempenho ESG - realizar uma avaliação de materialidade robusta e estabelecer um sistema de registro apropriado para questões relacionadas ao clima e outras KPIs de ESG.


A Avaliação de Materialidade

Traçar um caminho de conformidade preventiva, com as regras propostas pela Comissão, exigirá que os líderes empresariais realizem uma avaliação abrangente de materialidade focada, como proposto pela SEC, nos impactos externos relacionados ao clima (ou seja, emissões de GEE) e impactos financeiros, tanto real quanto potencial, de suas organizações.

As implicações são que os líderes empresariais não terão mais poder para determinar quais questões relacionadas ao clima, seriam consideradas “materiais”, tanto para investidores atuais quanto potenciais. Sabendo disso, os líderes de negócios precisarão realizar uma contabilidade completa de suas emissões operacionais e riscos climáticos, em nível empresarial e de ativos. Eles precisarão estar preparados para relatar seus planos para gerenciar esses impactos e riscos, bem como os resultados dos mesmos.


O sistema de registro

Gerar, analisar e relatar esses dados granulares, dessa proporção, seria uma tarefa quase impossível sem processos contábeis adequadamente abrangentes e tecnologicamente aprimorados. É aqui que a vantagem das soluções atuais de medição, gerenciamento e geração de relatórios de desempenho ESG, localizados na nuvem, se tornam mais aparentes.

Depois que a avaliação de materialidade é realizada, essas soluções digitais permitem que os usuários finais automatizem a coleta e análise de dados climáticos e de desempenho ESG. Isso, por sua vez, fornece às empresas os insights necessários para avaliar a eficácia de suas emissões e esforços de mitigação de riscos climáticos. Além disso, essas plataformas localizadas na nuvem, ajudam as empresas a integrar os resultados finais de seu desempenho ESG, em seus registros financeiros regulares com risco mínimo de erro humano ou atraso.

Não é surpreendente, então, que uma pluralidade de entrevistados da pesquisa 2021 Benchmark ESG Survey: Investor Attitudes on Company ESG Data, tenham dito que o melhor impulsionador de melhoria para a coleta, uso e divulgação de dados de desempenho ESG de grau de investimento das empresas é “fornecer tecnologia digital e ferramentas que ajudam a coletar dados precisos e confiáveis.”


Conclusões para empresas afetadas pelas regras propostas pela SEC

No caso improvável de que as regras propostas pela SEC sejam totalmente descartadas, fica claro que os formuladores de políticas estão avançando nos esforços para responsabilizar as empresas por seus impactos e riscos relacionados ao clima.


O que os líderes empresariais devem compreender é que estabelecer um sistema eficaz de medição, gerenciamento e relatórios de desempenho ASG, ajuda as empresas a alcançar muito mais do que uma conformidade regulatória. Com um programa ASG forte, impulsionado pelo suporte tecnológico certo, os líderes empresariais podem obter resultados incontáveis de desempenho empresarial, desde relações com investidores até retenção e aquisição de talentos, e muito mais.


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